quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Morri na contramão atrapalhando o tráfego

Certa vez um mecânico de Votuporanga apregoou em sua oficina: "Rodrigo, há dois tipos de pessoas na humanidade: as que já foram atropeladas, e as que ainda serão atropeladas." Eu estava invicto, mas não teve jeito: hoje eu fui atropelado. A faceta simbólica com ênfase na sociologia de Durkheim concernente ao ato do atropelamento não será desenvolvida aqui, longe disso. Mesmo porque não acredito que essa faceta exista. O ocorrido: um carro passou a 10 km/h e uma de suas rodas esmigalhou meu pé direito, o mesmo que eu utilizo pra chutar a bola. Na verdade todas as funções do pé direito foram preservadas, excetuando-se o fato de umas manchas vermelhas terem aparecido, as quais dentro de alguns meses devem se transformar em varizes tortuosas e saculares, seguindo um padrão estrutural Goodyear.

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quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Moto

Diz um grande ditado: "Nunca deixe de comprar pão francês quando chove mais de 15mm durante a noite". Não sou muito de desrespeitar ditados e fui comprar pão, mas de carro. Estacionei o veículo sem precisar fazer baliza (não havia nada, nenhum veículo, carruagem, charrete, ou MOTO atrás do meu carro quando saí). Fui correndo, comprei um suculento Tang de tangerina e um pertinente Nescau Barra para sobremesa. Voltei pro carro correndo, dei a partida, a ré, e foi então que a tragédia se sucedeu: não percebi uma MOTO estacionada atrás do meu carro e a derrubei. Ouvi aquele som de quando algo se espatifa, pensei ser um galho, mas galhos não disparam alarme. Três sujeitos saíram de uma academia, dois marombados (um deles parecia um búfalo) e um franzino. O dono da moto era o franzino.

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