terça-feira, 22 de abril de 2008

Lingüiça de acento

Não gostei da reforma na Língua Portuguesa. Não gostei de uma mudança em especial, relacionada ao acento agudo. Eis o trecho:

" Não se usará mais para diferenciar:
1. "pára" (flexão do verbo parar) de "para" (preposição)"

E se eu quiser escrever um conto no qual uma mulher se encontra com vontade de urinar, pedindo então ao seu marido que pare o veículo? De acordo com essa regra estapafúrdia, seria assim:

- Carlos Victor, para para eu fazer xixi.

O pára, com acento, é muito mais charmoso e imponente. Péssima mudança.

O que fizeram com a trema então, nem se fala. Atrocidade.

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quinta-feira, 3 de abril de 2008

A exatidão

O mais interessante em fazer um curso de exatas sem gostar de exatas é justamente esse aspecto: a luta contra minha natureza. É como se eu tivesse que atravessar um rio de bosta, repleto de difteria, hepatite e tétano, ou seja, professores sem coração, logaritmos que tendem ao infinito, funções que invertem as funções do meu organismo. Sinto o gostinho do cocô nas minhas papilas exaltadas e sedentas, horrorizadas e desgostosas.

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