sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Domingo, 16:00

Nunca na minha vida eu deixei de gritar GOL depois de um gol do CURÍNTHIA. Nem quando outra vez tinha um monte de comida na boca, nem quando tirei os sisos, ou quando tinha uma mordaça na boca, nos tempos da ditadura militar.

Nunca.

Mas nesse domingo eu não poderei gritar.

Ponte Preta e Corinthians, aqui em Campinas, ingressos para os corintianos esgotados. Fui obrigado a comprar para arquibancada da Ponte Preta. Experiência abominável.

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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Prefiro cavalos

É uma festa de carro esse Brasilzão. Todo mundo sabe de carro, todo mundo fala de carro, todos sabem o que é um catalisador. Um homem que não sabe o que é um catalisador certamente será desmoralizado, tendo sua masculinidade colocada no microondas. Eu não aprecio essas máquinas, nunca bati o carro e creio ser o essencial dirigir com prudência de modo a não transformar nenhuma pessoa querida em estatística. A carnificina nas estradas está aberta, e as concessionárias estão abertas, até nos feriados, com seus vendedores pilantras acrescendo 1000 reais se o pára-choque for na cor do carro.

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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Nômades húngaros

Mudei de casa. Um nômade húngaro invejaria o tanto de moradas que tive nos últimos 12 anos. E eu invejo um nômade húngaro, que no fundo gosta de mudar, enquanto eu apenas finjo que gosto. Um nômade húngaro leva cães sujos e leais consigo, enquanto eu só tenho um de pelúcia limpo em posição promíscua. Deve comer comida estragada esse húngaro, mas gostosa.

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