segunda-feira, 28 de maio de 2007

Bumerangue e greve na Unicamp

Larguei jornalismo pra ficar longe de politicagem e opiniões viciadas, e eis que me deparo com politicagem, opiniões viciadas e uma das piores coisas já inventadas pelo ser humano, além do patê de atum e das revistas de fofoca: A ASSEMBLÉIA ESTUDANTIL. E eu, um ser noventa e nove por cento avesso a expressar opiniões em público, fico lá, cerrando os punhos, observando tudo aquilo sem reação, com vontade de comprar um pastel de queijo ou mandar todos tomarem um caldo de cana. Mas o máximo que eu faço é coçar a cabeça e suspirar profundamente, tal qual um alce. É sempre nessas assembléias que você vê alguém falando bonito e proferindo, cedo ou tarde, a célebre frase: "é tempo de reflexão". Ou então dizendo que "o Brasil paga, de uma forma ou outra, por não ter tido uma revolução sangrenta." Sabe, o pouco de história que eu sei me confirma que nem sempre revoulução sangrenta dá certo. E é dessa maneira que uma greve se assemelha a uma revolução sangrenta: nem sempre dá certo, mas quem a faz tem certeza de que dará. É ruim quando as assembléias decidem algo do qual se discorda, como uma greve. É praticamente um estupro.

Reitoria da USP

Óbvio que os decretos do nosso governador Sr. Burns precisam ser revistos e modificados, de modo que não sejam interpretados da forma que se apresentam. Mas pelo visto já foram (interpretados, não revistos) e foi assim que mais de 200 carinhas invadiram a reitoria da USP pra protestar contra tudo isso, aproveitando para, em meio a 17 reivindicações, pedir a revogação desses decretos. Pedem também bandejão de sábado e domingo, uma revisão do prazo de júbilo e 200 sucos de limão, com gelo. É consenso que o ensino tem muito a melhorar, mas greves e piquetes não parecem ser a melhor forma de solucionar o problema da educação brasileira. Jogar um ovo na nuca de Serra seria infinitamente mais eficiente do que greve.

Greve

Greve rima com almocreve.

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