terça-feira, 28 de novembro de 2006

Darwin


O mês de novembro sempre traz à raça humana diversas implicações metafísicas. Além disso, também traz dor em regiões que nunca antes doeram, como o osso que fica abaixo da coluna vertebral, lá embaixo, onde o dorso começa. A pele fica mais exposta, as reflexões sobre o que houve ou deixou de haver, e que poderia ter havido, aparecem como estocadas de mandioca no córtex, e desaparecem como bolas de futebol infantis. As velhas andam mais rápido nas ruas, um ar úmido toma conta de tudo, padeiros ficam perplexos, andorinhas somem e eu sinto mais sono. Viro presa fácil.

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