terça-feira, 14 de fevereiro de 2006

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Eu sou místico. Sou mais místico que o Walter Mercado. Creio no benefício dos fracassos, a longo prazo, mas creio. Todo fracasso tem uma explicação que vem só depois, assim, muito depois. Depois de uns 30 anos, quando o fracasso nem se encontra mais no balde da memória, eis que surge a explicação para a ocorrência dele. Talvez esse seja um pensamento com um objetivo apenas reconfortante, mas sua força não se esvai tão facilmente quanto a de outras idéias mais pessimistas. E eu prefiro assim, pois o amanhã é tão duvidoso quanto o placar de um jogo de várzea.

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