sábado, 2 de julho de 2005

Ó, mulher rosa


Pelo amor de Deus, ó mulher dos cabelos cor de tronco de araucária machucada (luzes), onde já se viu um perfume tão forte assim? Deixe-me sentir as glândulas fazendo o verão do seu corpo, contrastando com o seu inverno psicológico, abrindo caminho para a flor que vem sem pólen, por favor. Deixe-me sentir seus feromônios pra ver o que eles fazem comigo. Por que me fazes espirrar com essas essências que não existem na natureza? Pra que essa cor rosa? Por que você não tem cheiro de madeira cheirosa? Por que essas cores fortes e brilhantes nos seus lábios brilhosos? Por que esse salto alto forrado de couro rajado? É pra combinar com as rajadas do seu cabelo? Por que esse decote com um laço roxo pendurado? Pra que um cabelo tão liso assim, e ainda por cima, solto? Faça-me lembrar dos eqüinos. Mostre-me uma cicatriz. Não tem nenhuma cicatriz? Ó, mulher, então plante uma bananeira e faça com que eu tome cerca de 5 copos de água, um atrás do outro, faça com que eu não sinta vontade de tomar água em casa, onde a água é sem graça e não é de graça. Deixe-me derrubar alguma coisa no chão da sua casa. Assim ó (plaft). Faça com que eu respire somente o cheiro do seu banho, até porque após absorvê-lo vou embora, já que não quero ver seu pijama cor azul-bebê-prematuro, puxado da gaveta do seu guarda-roupa com cheiro de talco. Não quero nada disso. Só uma ária ou UM coque podem impedir que eu dê a partida no meu veículo. Adeus.

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